sábado, 3 de setembro de 2011

Sétimo defende professor em Brasília e persegue em Timon


Enquanto persegue a classe em Timon, Sétimo defende 10% do PIB para Educação e valorização dos Professores




O deputado federal Professor Sétimo(PMDB) tem duas caras e hoje com dois pesos e duas medidas quando se trata de defender a sua classe em Brasília e em Timon, sua base eleitoral, cidade dirigida por sua mulher prefeita Socorro Waquim(PMDB).
Segundo matéria divulgada no blog do subsecretário de Comunicação da prefeita, jornalista Ribamar Silva, o Ribinha, o deputado Professor Sétimo, em reunião da Comissão de Educaçã, no último dia 31, defendeu o pagamento do piso nacional de salários aos professores de todos os municípios, mas aqui em Timon ele orientou a mulher prefeita a não cumprir a Lei Federal e apresentar uma na Câmara Municipal desobrigando-a do pagamento do piso. Acompanhe a matéria e veja a “versatilidade” do deputado “Professor” Sétimo:
“Qualidade no Ensino, “só com 10% do PIB, e o reconhecimento do Piso como princípio da construção da carreira do professor e de nossa evolução educacional”, é o que defendeu o Deputado Professor Sétimo Waquim, nesta manhã de 31/08, na Comissão de Educação e Cultura e na Comissão Especial do PNE PL 8035/10 – Plano Nacional de Educação, na Câmara dos Deputados, em audiência pública conjunta, para debater medidas de “Valorização dos Profissionais da Educação.
Deputado Professor Sétimo ao se pronunciar na reunião defendeu a aplicação integral do piso e afirmou que qualquer melhoria nos índices educacionais de um país passa pela valorização dos profissionais do ensino. “Um salário justo é apenas um dos direitos desses trabalhadores, só com 10% do PIB, teremos qualidade de ensino e profissionais reconhecidos. Mas não basta só isso, é preciso também, prover estrutura para seu desenvolvimento, quem transmite conhecimento, tem que ter conhecimento, e de qualidade. Temos que proporcionar além de livros de qualidade, a inclusão digital, cursos de qualificação e ainda, intercâmbio com profissionais de outras instituições de ensino, para que posam trocar experiências, para podermos construir uma educação de qualidade e preparada para o Futuro, um futuro onde o cidadão não é mais local, é sim, cidadão do mundo, global”.
Hoje, por lei, os professores da educação básica devem receber pelo menos R$ 1.187,97 mensais. Mas, segundo a Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), boa parte dos estados e municípios não cumpre esse piso. O PNE prevê a aproximação do salário do professor ao rendimento médio dos demais profissionais com escolaridade equivalente.
A lei que trata do piso dos professores foi publicada em 2008 (Lei 11.738), porém uma brecha na norma permitia que os entes incluíssem no valor eventuais vantagens ou gratificações pagas aos docentes. Uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de maio deste ano pôs fim à questão e definiu que os R$ 1.187,97 referem-se apenas ao vencimento básico, sem acréscimos. Mesmo assim, conforme a CNTE, o valor não está sendo cumprido. A confederação estima que professores de pelo menos 19 estados mais o Distrito Federal fizeram greve neste ano para pressionar pelo pagamento do piso.
Segundo, Heleno de Araújo Filho, Secretário de Assuntos Educacionais da Confederação Nacional de Trabalhadores Educacionais – (CNTE), o desenvolvimento do ensino deve ser feito por meio da valorização do Trabalhador, “peço, que as metas prevista no PNE, não sejam restritas aos professores, mas a todos os profissionais da área” disse Heleno.
Orçamento
A dirigente da União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime) Leocádia Maria da Hora afirma que os secretários municipais aprovam a criação do piso, mas alegam que não têm recursos para pagá-lo. “O magistério é uma profissão em clara desvalorização. Se continuarmos assim, não iremos atrair bons profissionais para a área”, (…), “com os recursos atuais não conseguirmos enfrentar o desafio de a educação acompanhar o desenvolvimento do País”, diz.
A solução, segundo Leocádia, seria o repasse de verbas da União para os outros entes. Essa complementação orçamentária já está prevista na Constituição e em regulamentos do Ministério da Educação (MEC). A Undime reclama, contudo, da burocracia necessária para o uso da verba.
Conforme a coordenadora geral da Federação de Sindicatos de Trabalhadores das Universidades Brasileiras (FASUBRA), Léia de Souza Oliveira, também pediu que o PNE, contemple mais o ensino técnico administrativo, “atualmente existem 182 mil trabalhadores sem piso salarial digno”, lembrando ainda que, servidores de diversas universidades estão em greve há mais de dois meses.”
(Por Léia Rego – Direto de Brasília).


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