Municípios Maranhense receberão R$ 220 milhões com a derrubada dos veto dos royalties
Com a derrubada do veto da presidente Dilma Rousseff, os 217
municípios maranhenses que receberam até 2011 pouco mais de R$ 35 milhões em
royalties do petróleo, agora em 2013 contaram com R$ 184 milhões a mais.
De acordo com dados da CNM, no Maranhão passará a receber R$ 220,4
milhões. Esse valor será distribuído conforme a quantidade de habitantes. A
capital, São Luís, por exemplo, receberá a partir deste ano mais de R$ 27,6
milhões. Antes esse valor era de R$ 4,5 milhões.
Imperatriz, segunda maior cidade do Estado, vai passar a receber
com a nova regra R$ 5,3 milhões. Será cerca de R$ 4,5 milhões a mais do que a
cidade recebeu no último repasse em 2011 que foi menos que R$ 900 mil.
Cidades com pouco mais de 100 mil habitantes como é o caso de Timon
e São José de Ribamar receberão pouco menos de R$ 5,5 milhões. Cidades menores
como Vila Nova dos Martírios, Timbiras, São Francisco do Maranhão e Lago do
Junco deixam de receber pouco mais de R$ 87 mil e passam a receber mais de R$
530 mil.
Os municípios maranhenses como Trizidela do Vale, Tasso Fragoso,
Presidente Medici, Nova Colinas e Benedito Leite serão os que menos receberão
entre as 217. A média de repasse dos royalties nessas cidades será de R$ 400
mil. Antes, essas prefeituras arrecadavam cerca de R$ 67 mil por ano.
O presidente da Federação dos Municípios do Estado do Maranhão
(Famem), Gil Cutrim, destacou a importância da integração da entidade com a
bancada maranhense além da mobilização dos municípios para que o resultado fosse
positivo para a maioria das unidades federadas.
"Há que se destacar essa integração da Famem com a nossa bancada
federal e, também, o empenho dos nossos deputados. Todos participaram da sessão
conjunta do Congresso e todos votaram pela derrubada dos vetos, o que mostra,
ainda, que toda essa mobilização dos prefeitos surtiu efeito", disse Gil
Cutrim.
Estados produtores vão ao STF contra a decisão do Congresso
Governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral disse que decisão trará
o caos para o seu estado.
Estados produtores de petróleo, como Rio de Janeiro, Espírito Santo
e São Paulo, vão recorrer ao Supremo Tribunal Federal (STF) contra a derrubada
dos vetos à lei dos royalties do petróleo, aprovada ontem no Congresso.
Para o governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, a decisão "é o
caos" para o estado e os municípios.
"Nós vamos aguardar a publicação da lei. Assim que ela for
materializada, nós vamos ao STF", afirmou o governador. "A presidente Dilma foi
clara como água nas razões do veto. Só que não levaram nada disso em
consideração. Mas a Suprema Corte brasileira está aí para isso. Para garantir a
democracia."
O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, disse ontem que a
Procuradoria-Geral do Estado já tem uma Ação Direta de Inconstitucionalidade
(Adin) pronta para ingressar no STF contra a derrubada dos vetos.
"A posição de São Paulo era favorável a manutenção do veto da
presidente Dilma. Entendemos que os contratos já assinados devem ter a regra
atual. Para o futuro, nas novas licitações na área de petróleo e gás, deve ser
aplicada a regra nova. Esse será o nosso argumento", disse o governador.
Em nota divulgada, o governador do Espírito Santo, Renato
Casagrande (PSB), informou que já determinou que a Procuradoria-Geral do Estado
impetre uma Adin no STF "para evitar as perdas referentes a contratos já em
andamento".
De acordo com o governo, a previsão é que, com a mudança nas regras
de distribuição dos royalties, as perdas no Espírito Santo superem os R$ 10
bilhões no período entre 2013 e 2020. O Estado perderia R$ 4,7 bilhões e os
municípios, R$ 5,3 bilhões.
Números
R$ 337 milhões será o valor que o estado do Maranhão receberá com a
nova regra
R$ 220 milhões é o valor destinado dos royalties para os 217
municípios maranhenses
R$ 27,6 milhões será a parte de São Luís na divisão dos recursos do
petróleo a partir de agora
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