Brasília – A chamada “PEC 29”, que aumentou os gastos dos estados com a
Saúde; o novo Piso Salarial do Magistério, retroativo a janeiro e com impactos
de diferentes intensidades para estados e municípios; e a possibilidade de
aprovação da chamada “PEC 30”, que nivela os salários da Polícia Militar dos
estados aos da PM do Distrito Federal. Esses são alguns dos fatores que unem
praticamente todos os governadores em torno da certeza de que pelo menos 19 das
27 unidades da federação estarão irremediavelmente “quebradas” a partir de
2013.
Preocupados com a situação, 18 estados representados por seus governadores ou
vice-governadores estiveram reunidos, nesta terça-feira (28), em Brasília,
inicialmente na residência da governadora do Maranhão, Roseana Sarney, e mais
tarde com o presidente da Câmara Federal, deputado Marcos Maia, e o presidente
do Senado, José Sarney, no gabinete deste.
Os governadores buscam a efetivação do pacto federativo. Antonio Anastasia
(Minas Gerais) e André Pucciinelle (Mato Grosso do Sul) afirmaram que os estados
devem zerar seus interesses individuais para se unirem na principal questão
coletiva, que é a da viabilidade econômica de todas as unidades da
federação.
Marconi Perillo, governador de Goiás, ressaltou que provavelmente não
conseguirá fechar as contas deste ano, tamanha é a diferença entre o orçamento
do Estado e as demandas já regulamentadas para 2012. “A situação é da maior
gravidade e, caso não aconteça nada de novo em favor dos estados, estaremos
todos inviabilizados”, assegurou.
Como representantes dos governadores dos seus estados, participaram Domingos
Aguiar Filho, vice-governador do Ceará; Rômulo Gouveia, vice-governador da
Paraíba; João Oliveira, vice-governador do Tocantins; deputado federal Átila
Lira, do Piauí; e representantes de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul.
Nenhum comentário:
Postar um comentário